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ACN realiza Campanha de Natal para beneficiar projetos no Brasil, Líbano e Síria
ACN realiza Campanha de Natal para beneficiar projetos no Brasil, Líbano e Síria
Recursos serão destinados para compra de medicamentos, acolhimento de crianças pobres e famílias em situação de vulnerabilidade nesses países.
Há 2 anos - por Redação / com ACN
Todos os anos, a organização Ajuda a Igreja que Sofre realiza uma campanha de natal, beneficiando projetos em diversas partes do mundo. Em 2021, a entidade levantou doações para presentear crianças e famílias da Síria e do Líbano. O agravamento da situação dos países, entre guerras e crises econômicas, foi decisivo para definir que ambos mereciam novamente ser alvos da ação que, neste ano, também favorece iniciativas do Brasil.
Em Nova Cruz, a pouco mais de 100 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte, a ACN auxilia a congregação das Filhas do Amor Divino. Elas estão na Paróquia Imaculada Conceição de Nova Cruz e, entre tantas atividades pastorais, estão inseridas no projeto “acolher e alegrar meninos e meninas de rua”, onde atendem aqueles que estão em situação de vulnerabilidade social.
Hoje, as irmãs acolhem 26 crianças, fornecendo alimentação, atividades educativas, momentos de oração e atividades recreativas. Elas buscam ainda melhorar o relacionamento das crianças com suas famílias, procurando por seus pais e oferecendo orientação familiar. As irmãs também estão à frente da Pastoral do Menor na paróquia, atendendo outras 110 crianças.
Denominado de "O presente da acolhida", este projeto visa beneficiar crianças atendidas por religiosas em diversas partes do Brasil.
Líbano: O remédio do amor
Pela primeira vez desde a Primeira Guerra Mundial, o povo libanês está passando por uma fome severa. A economia viu um enorme declínio no comércio e suprimentos. A produção doméstica está paralisada por restrições governamentais, forte tributação aos produtores e escassez maciça de recursos básicos, como eletricidade, gasolina e remédios. Muitos hospitais do país anunciaram seu fechamento, colocando em risco a vida de muitos pacientes. Nesse cenário, a Igreja permanece e enfrenta uma batalha para ajudar os mais necessitados.
Um bom exemplo vem das Irmãs Franciscanas da Cruz que administram um hospital psiquiátrico no Líbano, onde atendem 2.550 pacientes – entre eles muitas crianças que foram rejeitadas por suas famílias. As irmãs passam, como todo o povo, por uma grande crise financeira. Os profissionais que ainda trabalham no hospital, o fazem por amor, pois elas já não têm condições de pagar os salários sem a ajuda do governo.
Dispensar os pacientes não é uma opção para elas, isso seria humanamente impensável. Essas crianças já foram abandonadas por seus pais: “Algumas famílias nos dizem: ‘Se ele morrer, apenas me avise’”, conta Rachel Njeim, uma das enfermeiras do hospital. “Quando você atende as crianças, você sabe que não pode abandoná-las de novo. Ao conhecê-las, você não vê a deficiência que elas têm, você vê o humano dentro delas”, completa Rachel.
Para o projeto "Remédio do Amor", a ACN se propôs a reverter o valor arrecadado para aquisição de um medicamento para os pacientes do hospital psiquiátrico. Cada caixa custa R$ 98 e a ideia é ajudar com a compra de 4.109 caixas.
Síria: Medidas desesperadas
Onze anos após a eclosão da guerra na Síria, que deixou centenas de milhares de mortos, milhões de deslocados e cidades destruídas, a crise econômica e social é mais profunda do que nunca. Metade da população síria, que era de 23 milhões no início do conflito, fugiu de suas casas. Cerca de 5,5 milhões deles estão vivendo como refugiados, enquanto 6,7 milhões estão deslocados internamente.
O Núncio Apostólico para a Síria, Cardeal Zenari, afirmou que 90% da população vive abaixo da linha da pobreza, como o casal Shiraz e Krikor – um casal surdo e mudo que vive em Alepo, na Síria devastada pela guerra.
Durante a guerra, o casal sentia a vibração do solo sempre que havia bombardeio. Seus filhos os avisavam o que estava acontecendo durante o confronto e os levavam pelas rotas mais seguras. “Antes da guerra, eu costumava ter minha própria oficina de automóveis. Hoje eu tenho um emprego em um restaurante onde lavo a louça. Por causa da inflação, não consigo comprar comida com meu pobre salário. Na maioria das vezes eu trago restos de comida do restaurante”, explica Krikor.
Para ajudar a família, Shiraz trabalha em uma alfaiataria, mas também com um salário muito baixo. Finalmente, agora eles conseguem sobreviver graças à ajuda da ACN em parceria com a Igreja local, que distribui cupons de alimentação para as necessidades diárias.
Através da campanha, a organização deve enviar recursos para o projeto "Medidas Desesperadas", com a finalidade de socorrer mais famílias como a de Shiraz e Krikor.
Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)
A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade.
Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 140 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa - incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.
Para contribuir com a Campanha de Natal da ACN, acesse: https://www.acn.org.br/natal-2022/
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