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Domingo de Ramos: Jesus é Senhor e Rei do Universo

Convidamos o padre André Heijiligers, da Mariápolis Ginetta, centro do Movimento dos Focolares em Vargem Grande Paulista (SP), para nos ajudar a refletir sobre o significado desse momento que abre a Semana Santa

Há 3 anos - por Luís Henrique Marques
Domingos de Ramos inicia a Semana Santa que se conclui com a festa da Ressurreição de Cristo
Domingos de Ramos inicia a Semana Santa que se conclui com a festa da Ressurreição de Cristo (foto por Arquidiocese de Manaus)

Para iniciarmos bem mais uma Semana Santa, a Agência de Notícias SIGNIS convidou o sacerdote diocesano André Heijilgers que, atualmente, vive na Mariápolis Ginetta e atua para a Igreja na cidade de Vargem Grande Paulista, na região metropolitana de São Paulo, onde se localiza um dos centros de vivência e formação do Movimento dos Focolares no Brasil. A seguir, apresentamos um pequeno comentário que reúne algumas das reflexões feitas por padre André a respeito do Domingo de Ramos. Segundo ele, são apenas “pequenas reflexões”, já que o tema merece um grande aprofundamento. Vamos a elas:

 

A Quaresma é tempo de preparação para Páscoa, ponto alto da Semana Santa, o momento mais importante da vida cristã, aquele que dá sentido não só a toda as demais semanas do ano, como à própria fé em Cristo. Já o Domingo de Ramos dá início à Semana Santa (veja relação mais abaixo). Padre André começa lembrando o que narra de fundamental o Evangelho desse domingo: Jesus entra em Jerusalém montado num jumentinho. Há pessoas que o aclamam: “Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Paz nos céus e glória nas alturas!”. Há fariseus que pedem a Jesus que repreenda os seus discípulos em razão desse gesto. Mas Jesus responde: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão!”. Existe um plano de Deus e sobre isso Jesus tem uma consciência clara, embora as pessoas em geral pareçam não entender exatamente o que estava acontecendo. A entrada com os ramos no início da celebração deste domingo lembra esse episódio e significa que os fiéis afirmam a sua fé no Senhor e, por isso, pertencem ao grupo de Jesus. O jumentinho atesta a humildade do Cristo, o que faz Dele um rei diferente dos demais.

Padre André chama a atenção para outra leitura, em que Pilatos questiona Jesus sobre ser Ele é o rei dos judeus. O governante romano não entende a realeza do Filho do Homem, mas o toma por concorrente. Por isso, ao crucificá-Lo, Pilatos manda pregar na cruz a placa que diz “Eu sou o rei dos judeus”. Porém, é um centurião (portanto, um pagão para a fé judaica) um dos primeiros a proclamar a verdade sobre Jesus, dando glória a Deus, ao afirmar “Esse homem era um justo”.

Para celebrar o fato de que Cristo é Senhor e Rei do Universo, os paramentos usados na solenidade de Ramos são da cor vermelha. “O balançar dos ramos significa que nós, fiéis, aceitamos esse senhorio de Jesus”, explica padre André. Ele completa afirmando que o canto “Hosana ao Filho de Davi” é uma forma de atestar que Jesus é o Salvador proclamado no Antigo Testamento, isto é, conforme preconizado na Antiga Aliança. Guardar os ramos ao longo do ano é sinal da nossa fidelidade a Jesus, completa o sacerdote.

Nosso entrevistado diz que os quatro Evangelhos narram a entrada de Jesus em Jerusalém, com muitos elementos em comum. Há, no entanto, nuances peculiares em cada uma dessas narrativas. O evangelista Mateus ressalta: “este é o profeta Jesus, de Nazaré, na Galileia”. Já Marcos bendiz a Jesus, dizendo “Hosana Aquele que vem em nome do Senhor”, aclamação que se encontra de forma semelhante nos Evangelhos de João e Lucas. Padre André salienta que tais palavras são compreendidas pelos discípulos apenas à ressurreição (glorificação) de Jesus e que os autores dos Evangelhos buscam justificar os fatos referentes à vida do Cristo como já previstos no Antigo Testamento, conforme estabelecidos na Antiga Aliança.

Por fim, padre André Heijilgers evidencia a postura de Jesus diante de quem o condena: Ele não se defende, não se irrita, assume uma postura e um discurso que contrariam o pensamento dominante da época e, por isso, seus gestos e palavras não são compreendidos. “Só aquele que começa a amar como Jesus pode entender o que o Filho de Deus é e o que Ele comunica”, afirma o sacerdote. Para o nosso entrevistado, o convite de Jesus de segui-Lo e de como fazê-lo é inequívoco: no amor, é preciso carregar a própria cruz; é isso que gera o Reino de Deus pelo qual Cristo deu a própria vida.

 

 

O SIGNIFICADO DE CADA DIA DA SEMANA SANTA

 

DOMINGO DE RAMOS

Começa a Semana Santa, dia em que se comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. Nos dias de hoje, os fiéis levam para a igreja ramos, a fim de serem abençoados, como símbolo de sua fé.

 

SEGUNDA-FEIRA SANTA

Neste dia, se reflete o momento de descanso de Jesus, na casa de uma família que Lhe era muito estimada, a casa de Seu amigo Lázaro (a quem Ele havia ressuscitado), e de Marta e Maria Madalena. (Jo 12, 1-11).

 

TERÇA-FEIRA SANTA

É o dia, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a Sua morte, causando grande sofrimento aos Seus discípulos. Anuncia também a traição e indica o traidor. Judas sai possuído por Satanás, para trair o seu mestre.

 

QUARTA-FEIRA SANTA

É o 4º dia da Semana Santa, no Evangelho deste dia, é-nos apresentada a traição de Judas, descrevendo-nos como este foi ter com os chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para trair Jesus. Aceita assim, trinta moedas de prata como recompensa da sua traição.  (MT 26,14-25).

 

QUINTA-FEIRA SANTA

É o dia da Última Ceia de Jesus Cristo com Seus Apóstolos, onde Jesus humildemente lavou os pés dos Seus 12 discípulos. É no momento do lava-pés que Judas Iscariotes sai, para entregar Jesus em troca das 30 moedas de prata (Jo 13,1-15). Foi aqui, que Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o Santo Sacrifício como Sua eterna memória, e em Seu último discurso, encorajou os discípulos a amarem-se uns aos outros. Depois Jesus dirigiu-se ao monte de Getsêmani, tomou Consigo três discípulos, e começou a Sua agonia nos jardins, onde foi preso pelos judeus.

É nesta noite que Jesus é preso, interrogado e ao amanhecer de sexta-feira, açoitado e condenado. A Igreja inicia a vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos começados por Jesus nesta noite.

 

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Relembra o dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo é crucificado (após sua prisão, Jesus é julgado e açoitado; recebe a coroa de espinhos na cabeça; é levado à presença de Pilatos, e depois de condenado, carrega a Sua própria cruz até ao monte Calvário; ao meio-dia é crucificado entre dois ladrões e por volta das três da tarde, Jesus morreu... o Seu corpo foi depois retirado da cruz e colocado num sepulcro cavado na rocha.

Neste dia, é praticado o jejum e a abstinência da carne, em sinal de penitência e respeito pela morte de Jesus Cristo.

 

SÁBADO DE ALELUIA

Jesus permanece no sepulcro. Na Vigília Pascal, os fiéis ainda estão à espera, na esperança da ressurreição. Neste dia, inicia-se a Vigília Pascal, ao final do dia, e termina com o amanhecer da Páscoa.

 

DOMINGO DE PÁSCOA

Dia da ressurreição, onde Jesus se levanta de Sua sepultura e vence a morte. É o dia do grande milagre! O dia em que Cristo volta à vida através da Sua Ressurreição de entre os mortos. É o dia em que se celebra a Vida, o Amor e a Misericórdia de Deus.

 (Fonte: Canal Palavras de Fé)

Comentários

  • Lúcia Castor

    Conhecer a nossa fé com profundidade de detalhes, Jesus que viveu e vive em nós a via sacra para o resgate do paraíso,faz de nós verdadeiros seguidores de Cristo, parabéns pelo texto simples e profundo

  • Aldeiza

    Texto muito simples e com muita riqueza de explicação sobre a semana santa e o nosso rei e salvador Jesus Cristo!!!