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Rádio segue se reinventando ao longo do tempo

Para além das adaptações tecnológicas, emissoras católicas ou de inspiração católica contribuem com essa história por meio de sua presença evangelizadora

Há 3 anos - por Luis Henrique Marques
Rádio:
Rádio: (foto por CNBB)

A despeito das dificuldades que sempre estiveram presentes na história do rádio, quem gosta, acompanha e vive desse veículo de comunicação tem muito o que comemorar neste 13 de fevereiro, Dia Mundial do Rádio. Ao contrário do que profetizaram os pessimistas no passado sobre a sua perda de projeção no universo da mídia, o rádio não só tem se adaptado às mudanças impostas pelas inovações tecnológicas quanto permanece bastante popular. De fato, esse veículo de comunicação conta com a adesão das pessoas em geral e, ainda em muitos casos, é a única mídia à qual certas comunidades têm acesso.

Essa é opinião do jornalista Jorge Teles, da Rádio Cultura FM de Guarapuava (PR) e vice-presidente da Rede Católica de Rádio (RCR)/SIGNIS Rádio. Ele lembra que a data de hoje foi criada apenas recentemente. Seguindo uma proposta da Espanha, a Conferência Geral da Unesco (Organizações das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) aprovou por unanimidade a criação da data que passou a ser comemorada a partir de 2012.

Para Teles, o rádio permanece com grande penetração junto ao público em geral, mesmo que esse veículo tenha sido obrigado a se adaptar, não raro com dificuldades, em função do advento das novas tecnologias de comunicação. “Nós que vivemos o dia a dia do rádio, percebemos muito isso”, afirma ele. Para o jornalista, justamente quando há muita desinformação, o rádio permanece como uma fonte de credibilidade. Somada a essa qualidade, ele agrega outras: agilidade, instantaneidade, capacidade de adaptação e convergência, ocupando espaços como em diferentes plataformas virtuais. “O áudio está no streaming, o rádio está no seu notebook, no seu celular, na televisão, está no Facebook, não só como voz, mas como imagem, como texto, o que faz com que a força do rádio se mantenha”.

Nesse sentido, Jorge Teles afirma que o rádio se revela muito democrático, especialmente num país como o Brasil, de dimensões continentais e muito marcado por desigualdades sociais, porque chega a todos os públicos e lugares. Além disso, o rádio se tornou para muitas pessoas uma “companhia para todas as horas e lugares”. Ainda de acordo com o jornalista, por ser a oralidade uma característica fundamental da cultura brasileira, a identidade com o rádio se torna imediata para grande parte das pessoas em nosso país que, por isso, costumam ver nele “uma caixinha de conversa”.

Jorge Teles: rádio católica é, muitas vezes, a única voz daqueles que não têm voz (Foto: Facebook)

 

Emissoras católicas

 

Nem todo mundo sabe ou se lembra, mas a relação da Igreja com o rádio se remete à própria invenção dessa tecnologia: foi um sacerdote, pesquisador e inventor, o padre gaúcho Landell de Moura quem patenteou, pela primeira vez no mundo, a invenção do rádio, ainda que haja resistências históricas a esse fato. De qualquer maneira, muito cedo, desde o momento em que esse veículo de comunicação se popularizou, a Igreja viu nele um instrumento valioso para o seu trabalho de evangelização.

Hoje, quem mais diretamente realiza esse trabalho de evangelização no universo radiofônico são as chamadas emissoras católicas e de inspiração católica. De acordo com Jorge Teles, essas emissoras se distinguem das demais por uma série de diferenças que ele considera marcantes. Um desses diferenciais é que a rádio católica procura se guiar pela busca da verdade, pela ética e pelos valores do Evangelho. “A utilidade pública, a prestação de serviço, evangelização são muito marcantes nas nossas emissoras”, diz. No que se refere ao jornalismo praticado por esses meios, Teles é enfático: “muitas vezes, nós somos a única voz daqueles que não têm voz”. Isso faz do radiojornalismo católico um meio combativo, razão pela qual, muitas vezes, essas emissoras são desprestigiadas em termos de recursos publicitários, alega o jornalista.

Jorge Teles enfatizou ainda que a Rede Católica de Rádio – hoje, SIGNIS Rádio, uma vez que se tornou um braço da Associação de Comunicação Católica SIGNIS – tem por objetivo unir as emissoras de rádio católicas e de inspiração católica no Brasil. “Procuramos propor pautas e oferecer produtos, como o Jornal Brasil Hoje (confira matéria na seção Reportagem deste site) que está sendo retransmitido nas cinco regiões do País”, exemplifica. O vice-presidente da RCR diz acreditar que esse trabalho pode ser ainda melhor, que há muito o que crescer em termos de caminhada conjunta, mas que as rádios católicas seguem fazendo um bom trabalho cujo objetivo central é “reverberar os valores do Evangelho em todos os cantos do País”.

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