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Papa sobre violência contra a mulher: 'Covardia. Não podemos olhar para o outro lado'

Segundo levantamento da ONU, uma em cada três mulheres sofreu violência na vida. No Brasil, Organização promove campanha baseada no esporte para tratar o tema.

Há 3 anos - por Cléo Nascimento
Papa sobre violência contra a mulher: \'Covardia. Não podemos olhar para o outro lado\'
O Papa Francisco afirmou, nesta quinta-feira (25), que a violência contra as mulheres é "uma covardia" e "uma degradação para os homens". O pontífice também cobrou da sociedade mais ações de combate aos abusos e proteção às vítimas.
 
"As diversas formas de maus-tratos que muitas mulheres sofrem são uma covardia e uma degradação para os homens e para toda a humanidade. Não podemos olhar para o outro lado. As mulheres vítimas de violência devem ser protegidas pela sociedade", escreveu em sua conta do Twitter.
 
Na tarde de hoje, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, o pontífice voltou a falar do tema durante um encontro com jovens, em Roma, ao abordar a situação dos refugiados.
 
"Hoje em dia, a vida de um refugiado é muito difícil. Estudei e vi o que acontece nas costas líbicas com aqueles que regressam, com aqueles que são depois levados pelas máfias que os exploram, os torturam, vendem as mulheres. Vocês que são mulheres podem imaginar o que significa ser vendida como mercadoria? Isto está acontecendo hoje em dia com jovens como vocês, com jovens mães", disse Francisco.
 

ONU: 1 em cada 3 mulheres sofre violência

 
Desde 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 25 de novembro como Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A data surgiu em decorrência do Dia Latino-americano de Não Violência Contra a Mulher.
 
Levantamento da ONU aponta que 1 em cada 3 mulheres sofreu violência durante a vida. Em tempos de crise, os números aumentam, como visto durante a pandemia COVID-19 e as recentes crises humanitárias, conflitos e desastres climáticos.
 
Um outro relatório da ONU Mulheres, baseado em dados de 13 países desde o início da pandemia, mostrou que 2 em cada 3 mulheres relataram que elas ou uma mulher que conheciam sofreram algum tipo de violência e são mais propensas a enfrentar a insegurança alimentar. Apenas 1 em cada 10 mulheres disse que as vítimas procurariam ajuda na polícia.
 

Esporte contra a violência

 
Até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a ONU Brasil está promovendo a edição anual da campanha “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, realizada desde 2008, em apoio aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas. Este ano, a iniciativa completa três décadas de mobilização internacional. Em todo o mundo, a ONU está abordando o tema: “Pinte o mundo de laranja: fim da violência contra as mulheres agora!”.
 
A campanha traz o esporte como ferramenta para a prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas. A ação tem parceria com o Programa Uma Vitória Leva à Outra, ação conjunta da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional, com a participação das ONGs Empodera e Women Win.
 
Por meio de histórias e experiências compartilhadas, a campanha irá mostrar como o esporte permite a essas meninas o desenvolvimento de habilidades para a vida, como autoconfiança, autonomia e liderança, fazendo com que rompam com estereótipos de gênero e com o ciclo de violência, não só individualmente, mas em suas comunidades.

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