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À luz do Sínodo, dioceses paulistas refletem sobre sua missão, a realidade social e pastoral

Encontro, que reuniu lideranças religiosas e leigas, propôs um olhar para a missão da Igreja no Regional Sul 1 a partir da realidade social e contexto político.

Há 3 anos - por Redação com Regional Sul 1
À luz do Sínodo, dioceses paulistas refletem sobre sua missão, a realidade social e pastoral
Atenta à proposta do Papa Francisco, a Igreja no Estado de São Paulo iniciou seu caminho sinodal. No ultimo sábado (31), representantes das arquidioceses, dioceses, pastorais, movimentos e organismos do Estado de São Paulo estiveram reunidos, de forma online, para a realização da 42ª Assembleia das Igrejas Particulares (AIP).
 
Com seis arquidioceses e 36 dioceses, o Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) refletiu com suas lideranças a sinodalidade em meio à realidade social e eclesial.
 
Esta edição da AIP “é a expressão da comunhão, participação e missão da Igreja no Estado de São Paulo”, disse Dom Luiz Carlos Dias, Secretário do Regional e que, há duas semanas, foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo diocesano de São Carlos.
 
Entre arcebispos, bispos, padres e religiosos estava um grupo que, com incentivo do Papa, vem ganhando força e destaque, os leigos.
 
“Queremos caminhar juntos e juntas na sinodalidade que o Papa Francisco nos propõe. Queremos que o nosso serviço à Igreja que amamos tanto seja reconhecido e valorizado, seja motivado e estimulado, porque tudo o que fazemos está diretamente vinculado ao Evangelho de Jesus Cristo que nos ensina a não nos calar diante das injustiças sociais, das exclusões e das marginalizações”, refletiu a agente Mônica Lopes, da Pastoral Fé e Política do Regional.
 
A fala de Mônica se insere bem nas discussões do encontro, tendo em vista uma preocupação cada vez mais presente da Igreja em cumprir sua missão, considerando a realidade social de cada ambiente em que se apresenta.
 
“A Palavra de Deus e a Doutrina Social são pressupostos essenciais para defendermos a vida e a dignidade do nosso povo”, lembrou o assessor político da CNBB, Pe. Paulo Renato Fernandes Gonçalves de Campos, que é do clero de São José dos Campos.
 
Para o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, há que se tomar cuidado para que a vida eclesial não tenda a uma polarização política: "Para nós, o importante não é ser de direita ou de esquerda, mas ser fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo que nos pede para estarmos atentos e sensíveis a todos, sobretudo dos mais pobres”.
 
Nesse sentido, a sinodalidade se mostra como alternativa coerente e possível. Até 2023, a Igreja Católica em todo mundo participa de uma iniciativa inédita: um Sínodo sobre sinodalidade, ou seja, com o envolvimento de todo Povo de Deus. A primeira fase do processo foi iniciada nos dias 9 e 10 de outubro, no Vaticano, e em 17 de outubro nas Igrejas particulares.
 
“Só existe uma Igreja sinodal onde há comunhão e participação, base sólida da missão”, disse o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, durante exposição sobre o tema, em que propôs uma vivência sinodal em um tripé: unidade, testemunho e missionariedade.
 

Iniciativas do Regional Sul 1

 
Durante o evento, os participantes puderam tomar conhecimento de iniciativas encabeçadas pelo Regional.
 
Desde o último dia 14 de setembro, a Arquidiocese de São Paulo comemora o centenário de nascimento do Cardeal Paulo Evaristo Arns, falecido em 2016. Figura importantíssima no cenário nacional, o “Cardeal da Esperança”, como ficou conhecido, incentivou as pastorais sociais e trabalhou pela liberdade nos tempos da ditatura.
 
Outra ação se dá no âmbito da missão. Desde 2016, o Regional Sul 1 da CNBB decidiu ajudar com recursos humanos e materiais a Diocese de Pemba, Moçambique, África.
 
“No compromisso missionário está a entrega total de estar ao lado do povo sofrido! Agradecemos a colaboração do Regional Sul 1 em nosso território diocesano. Diante da falta de segurança, seja social e econômica, temos em Deus a única certeza”, afirmou Dom António Juliasse Ferreira Sandramo, Administrador Apostólico da Diocese de Pemba que, online, falou aos participantes da AIP.

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