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Padre Jesus Flores e seu legado para o jornalismo católico

Redentorista faleceu no último sábado (11), vítima da Covid-19. Ele foi um dos fundadores da Rede Católica de Rádio e do Jornal Brasil Hoje.

Há 3 anos - por Redação com Jornal Brasil Hoje
Padre Jesus Flores e seu legado para o jornalismo católico
Uma voz marcante na comunicação católica do Brasil se calou no último sábado. Padre Jesus Flores, aos 88 anos, foi mais uma vítima da Covid-19. O missionário redentorista foi um dos fundadores da Rede Católica de Rádio e um dos idealizadores do Jornal Brasil Hoje.
 
Em um recente vídeo exibido no Muticom 2021, Padre Jesus Flores lembrou que a iniciativa visava analisar a realidade do Brasil sob a ótica do Evangelho: "Criamos a Rede Católica de Rádio com um grande jornal, com representantes em diversas partes do país, tentando ver a realidade do Brasil e analisar essa realidade a partir da ótica do Evangelho".
 
Essa era uma característica marcante do redentorista. Não se calava, não se conformava diante de tantas injustiças. Se tornou a voz de milhares de ouvintes, telespectadores, fiéis que se sentiam representados em seus comentários. 
 
Tinha uma percepção do jornalismo em emissoras de inspiração católica que ia ao encontro dos ensinamentos de Jesus.
 
"Jornalismo católico que se preza olha a realidade, analisa a realidade, julga a realidade e, sob a ótica do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja, se posiciona a favor ou contra as políticas do país e de suas autoridades. Ao jornalismo cabe perguntar se a política pública contribui para o bem ou para o mal da maioria ou minoria da população. De acordo com o exemplo dos profetas e do próprio Jesus, aplaudir ou condenar não é questão de política partidária ou ideológica. É preciso aplaudir os acertos e condenar os erros. Com muito vigor concordar ou discordar com clareza. Para o jornalismo católico a única coisa que vale é a verdade, porque só a verdade nos libertará", disse recentemente em um de seus comentários para o Jornal Brasil Hoje, da TV Pai Eterno.
 
Foram 62 anos de sacerdócio. Uma vida de total dedicação à missão religiosa e a de evangelizar crianças, jovens, adultos e idosos. Membro da Congregação do Santíssimo Redentor, ele teve e tem um papel fundamental na propagação da devoção ao Divino Pai Eterno e a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por meio do trabalho realizado pela Associação Filhos do Pai Eterno.
 

Repercussão

 
A morte de Padre Jesus Flores gerou grande repercussão e diferentes manifestações de solidariedade. O Estado de Goiás está em luto oficial, decretado pelo Governador Ronaldo Caiado. 
 
Em nota, Caiado manifestou “imenso pesar diante da grande perda que é a morte do missionário redentorista, Padre Jesus Flores”. O Governador afirmou que “um dos maiores comunicadores da história de Goiás, Padre Jesus Flores se constituiu, ao longo de décadas, como referência nas análises das conjunturas políticas em nível local e nacional, sendo muito respeitado por suas opiniões sempre imparciais, lúcidas, equilibradas e com grande conhecimento dos temas avaliados.”
 
A nota também afirma que “Goiás e o Brasil perdem uma potente voz em defesa da ética, dos direitos humanos e da vida.” “Padre Jesus Flores sintetiza a biografia dos grandes homens que fizeram a diferença, ao propagar conceitos que foram fundamentais na luta por uma sociedade democrática, consubstanciada nos conceitos da paz, harmonia e bem-comum.”
 
A Arquidiocese de Goiânia, por intermédio do Arcebispo Dom Washington Cruz, ressaltou que o sacerdote foi um grande colaborador dos arcebispos de Goiânia e que também atuou como vigário geral da arquidiocese.
 
A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) se solidarizou com a família, os fiéis, os comunicadores e os padres redentoristas, e rezou com todos os que sentiram a partida deste grande comunicador.
 
O superior provincial dos redentoristas de Goiás, Pe. André Ricardo de Melo, também se manifestou em relação ao falecimento de um dos religiosos e comentaristas políticos pioneiros em Goiás.
  
Por Redação com Jornal Brasil Hoje

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