"Ajuda à Igreja que sofre" manifesta solidariedade e aprova envio de recursos ao povo haitiano

O terremoto que assolou o Haiti no último sábado (14), deixando, pelo menos, 1.400 mortos e outros milhares de feridos, tem mobilizado diversas iniciativas, inclusive de entidades ligadas à Igreja Católica. É o caso da organização internacional "Ajuda à Igreja que sofre" (ACN) que, nesta segunda-feira (16), aprovou um pacote emergencial para o povo haitiano.

 

Ao portal da ACN, o presidente executivo da Fundação Pontifícia, Thomas Heine-Geldern, disse ter recebido relatos comoventes sobre a situação do país que, desde 2019, vem sofrendo com conflitos políticos, intensificados no início de julho, após o assassinato do Presidente da República, Jovenel Moïse. "Em meio à onda de violência e sequestros que assola o país e com as notícias que nos chegam de secas e falta de água que já colocaram a população rural em uma pobreza ainda mais profunda – além de tudo isso, o terremoto de sábado já infligiu a milhares de famílias uma situação pior do que todas as outras. É uma situação insustentável e as pessoas estão em choque”, comentou .

 

Segundo Heine-Geldern, a ACN está em contato com a Igreja local nas dioceses mais gravemente afetadas, a fim de avaliar onde reside a maior necessidade imediata. Mais detalhes serão decididos nos próximos dias. “O terremoto, cujo epicentro foi a cerca de 160 km da capital, afetou principalmente o sul do país, especialmente as dioceses de Les Cayes, Anse-á-Veau e Jeremie. O terremoto interrompeu a única via de acesso a Jeremie, de modo que temos menos informações sobre esta parte da ilha. Mas sabemos que também foi gravemente afetada”, disse.

 

Também a casa do bispo em Les Cayes foi destruída, mas o Cardeal Chibly Langlois teria escapado a tempo: “estamos aliviados em poder informar que nossos parceiros do projeto negaram certos rumores, como o que foi divulgado em alguns meios de comunicação de que o bispo de Les Cayes foi gravemente ferido e enterrado sob os escombros”, esclareceu o presidente executivo da ACN.

 

“Temos consciência do grande esforço da Igreja para oferecer sinais de esperança às pessoas em sua situação desesperadora. Sobretudo depois de tantos desastres naturais e em meio à violência e à extrema pobreza. Portanto, neste momento difícil, não podemos abandonar esta Igreja, que luta para apoiar o seu povo. Além disso, estamos preocupados com a notícia do furacão que se aproxima da costa. Pedimos a todos que orem pelo país, orem por todos aqueles que perderam seus entes queridos, aqueles que foram feridos e aqueles que perderam tudo. Que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Padroeira e Protetora do Haiti, traga-lhes todo o apoio e consolo”, conclamou Thomas Heine-Geldern.

 

Para mais informações sobre como contribuir o povo haitiano através da organização Ajuda à Igreja que Sofre, basta acessar o portal da entidade: acn.org.br.